24 de abril de 2013

Calma, isto não é o fim do Barcelona. É só um 'toma lá para ver se aprendes a deixar de ter a mania que és o melhor da praceta'.


É característica de pensadores brilhantes como eu perceber as coisas antes da maioria dos outros. Essa foi sempre a tarefa da filosofia: iluminar a vida dos que se disponibilizem a ser iluminados, ou, utilizando uma alegoria de um colega, mostrar-lhes que as sombras que vêem na caverna são apenas isso: sombras de outras coisas infinitamente mais ricas, interessantes e estimulantes às quais os que estão agrilhoados na caverna ainda não acedem.

Após reflexão rápida, na verdade foram apenas os 15 minutos de espera num consultório de oftalmologia sem revistas de sopeiras naquela mesinha que costuma estar no meio da sala de espera dos consultórios, concluí, há dois anos atrás, que a equipa do Barcelona não era tão boa como se dizia e que só a ignorância poderia levar as pessoas a afirmar que aquilo era futebol como nunca se tinha visto antes. Aliás, os que entravam em delírio verborreico com os passes do Barcelona, eram invariavelmente absolutos ignorantes do que seja o futebol, como António Pedro Vasconcelos (gajo que acha que o Jesus é “melhor tacticamente” do que o Mourinho), ou Rui Oliveira e Costa (gajo que repete sempre as coisas três vezes para ver se ele próprio consegue perceber o que diz). O problema da maioria das pessoas que se metem a comentar futebol é não verem os jogos. Vêem apenas os três minutos de resumos porque acham que isso lhes basta para mais umas baboseiras sobre essa cena do tá-ti-tá, ou lá como é que chamam àquela merda dos passes inúteis que o Barcelona faz no meio-campo. Se vissem os jogos do princípio ao fim, perceberiam num instante que o Barcelona é a maior campanha de marketing futebolístico alguma vez montada, com toda a gente a deixar a sua moedinha no cesto: da FIFA à autoridade fiscal espanhola, passando pela federação espanhola e por parte substancial da imprensa mundial. O Barcelona é um negócio para FIFA e subsidiários (transmissões televisivas, imprensa, fabricantes de camisolas de Taiwan, etc.) Um negócio que dá muito jeito aos platinianos cavalheiros que gerem esta cena das competições internacionais. O Barcelona é a equipa mais perdoada pelas arbitragens que se viu nos últimos anos. Nem o Martins dos Santos a arbitrar jogos do FC Porto dava as abébias que têm sido dadas ao Barcelona (ontem foram logo dois penaltis a abrir). Também podia falar aqui dessa história do fair play financeiro que os platinianos cavalheiros tiraram da cartola para foder clubes como o Sporting ou o Glasgow Rangers. Continhas em dia é que é, dizem eles. Mas pouco interessa o descomunal passivo e o irresponsável endividamento de clubes como o Real Madrid e outros assim que compram jogadores por 100 milhões à pala exclusiva do endividamento, endividamento que sabem nunca poder pagar. Quando tiver tempo, explicarei melhor este assunto das contas dos clubes europeus e de como a FIFA anda com artimanhas para privilegiar 6 ou 7 clubes e secundarizar todo o resto.

Pois gostei muito do cabaz que o Bayern – clube, esse sim, com a sua situação fiscal regularizada e contas em ordem - pregou nos gajos do tá-ti-tá. Agora só falta despachar o Real. A bola é fodida: não entra nas balizas onde os platinis gostavam de a ver entrar.

2 comentários:

  1. hahahahahah
    percebes muito :)
    votaste no Bruno Carvalho :)

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  2. Adenda:
    Como O mais peor :) diria (clica no nick*)

    tem um excelente fim de semana :)

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