14 de outubro de 2012

Eu era um verdadeiro Aquilino Ribeiro do salão de jogos


O Ex- V. P., comentador residente da Causa Foi Modificada, actualmente em crise comentatória derivada a factos, avançou com um ensaio que, não fosse a incapacidade dos intelectuais portugueses para se focarem no essencial, seria o tema mais comentado do momento, em vez da chamada do Nelson à selecção (é aquele que jogava no Benfica? porreiro para ele), ou em vez das 18 horas e 34 minutos que couberam ao ministro das finanças numa reunião do conselho de ministros que demorou um total de 20. As pessoas não se preocupam com o essencial. E quem fica a perder nem são as pessoas, é o essencial, teorema que eu poderei vir a desenvolver numa próxima oportunidade, mas só se me apetecer.

E porque é que invoco aqui o Poursan? Porque produziu um ensaio no qual utilizou as palavras “escaganifobeticamente” e “desopilante”. Como se isso não fosse motivo de sobra, ainda falou de mim. A utilização destes dois termos - diria mesmo que se trata de conceitos - que eu, em tempos, tão bem soube utilizar e cuja leitura que hoje fiz, me despoletou um clique nos cornos que me remeteu num ápice aos meus tempos dos cromos da Panini, a época da minha vida onde dei início à minha actividade de empreendedor, nomeadamente, investindo uma quantidade apreciável de moedas em máquinas de flippers, nascendo aí a minha aptidão para lidar com dinheiro, nem sempre da melhor maneira, aptidão essa cada vez mais colocada em causa pelo facto de ser contribuinte num país que tem um ministro das finanças que ainda consegue demorar mais tempo a perceber aquilo que faz do que a falar daquilo que não percebe. Desculpem lá o tamanho da frase mas um gajo lê o alf e fica assim numa de frases longas (já agora, registe-se que o alf domina a técnica muito bem). Voltando ao preciosismo linguístico do Poursan, que é para isso que eu vinha preparado, só Deus sabe como eu utilizava de forma magistral esses dois termos. Não era qualquer coisa esquisita que era escaganifobética, nem era um chato qualquer que mandava desopilar. Era preciso saber falar, ter conhecimento dos assuntos, perceber as circunstâncias, para se utilizar esses termos correctamente. Mandar para o caralho, ontem como hoje, qualquer um manda. Mas isso pouco importa. O que interessa é que, apenas com estas duas palavras, deu para ver que o Poursan é um brother in arms, (sem qualquer referência aos Dire Straits, banda que sempre me irritou).

6 comentários:

  1. Por qualquer circunstância, que agora me escapa, ontem caí na graça dos deuses. Tu fazes um post sobre um comentário meu, onde por acaso escrevi bolso com “ç” mas ninguém reparou, e hoje de manhã a minha mulher acordou-me com o”somethin’ stupid” do Frank Sinatra.

    Vou ficar muito atento à próxima terça feira.


    P.S. dinheiro gasto nos flippers é dinheiro poupado em xanaxes.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Garanto que a música dos Taxi (Ás dos Flippers) não teve nada a ver com o assunto.

      Eliminar
  2. oh pá, tu mexeste prái num pingarelho qualquer que não devias.
    estava aqui um post com imagens sobre fim de baile ou coisa no género, que eu queria ler com calma, e agora já não está.
    faz lá o restauro da cena.

    de resto… nós por cá todos bem!!!

    ResponderEliminar
  3. Respostas
    1. mas é um facto que eu estou a olhar aqui pró blog e não está cá o tal post... nem esse nem mais nenhum pós 14 de Outubro!!!

      não me digas que também deste a chave disto ao mais peor???

      ou então já estás a usar o windows 8 e eu ainda vou no vista!

      pronto... lá vou ter que me inscrever num curso desses pra velhos que se querem reciclar...

      olha lá, pode-se dizer fodaçe aqui nas boxes?

      Eliminar