11 de outubro de 2012

É no registo civil que começa a carreira de um grande escritor


Não foi por acaso que os pais do Franz Kafka, do Samuel Beckett e do James Joyce lhes deram esses nomes. Eles sabiam a importância que os seu filhos iriam ter na história da literatura, só podia. São nomes grandes, fortes, directos, nomes apropriados para escritores de excepção. Agora, um gajo chamar-se Mo Yan, não dá com nada. Até pode ser legível, mas com esse nome nunca terá lugar no panteão. Vejam a Wisława Szymborska, coitada, poetisa interessante mas que passou ao lado de uma grande carreira por causa do nome, apesar de ter recebido o Nobel. Aliás, os nomes polacos são o que de mais anti-literário existe. O único aceitável é o do Lato que não é escritor, foi futebolista, mas para o caso pouco importa. O próprio Cristiano Ronaldo, se em vez de ter este nome bimbo, tivesse um apelido com duas vogais (podia ser o E e o I), e três consoantes (podia ser o M e o S), ganharia seguramente mais prémios do que aqueles que ganha. Já agora, que estou com as mãos na massa, deixo uma dica ao António Lobo Antunes: estás fodido com esse nome. É complicado, longo e de sonoridade desinteressante. Olha para o nome do José Saramago, eu sei que nem podes ouvir falar nele, mas deixa-te de merdas, é um nome muito mais nobelizável do que o teu.

1 comentário:

  1. O que é um nome :)
    se não a pessoa linkada a ele :)

    O CR tem carisma:) muito mais que um M...

    Fiquei com curiosidade de dar uma olhada ao MY depois da opinião de lamento de um Ai weiwei :)))



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